» Memórias de uma Gueixa

(Nota: 9,5)
Título Original:Memoirs of a Geisha
Gênero: Drama
Diretor(es): Rob Marshall.
Roteiristas: Robin Swincord, baseado em livro de Arthur Golden.
Ano de Lançamento: 2005.
Elenco: Ziyi Zhang, Suzuka Ohgo, Ken Watanabe, Kôji Yakusho, Youki Kudoh, Li Gong, Kaori Momoi, Tsai Chin, Zoe Weizenbaum, Cary-Hiroyuki Tagawa.
Duração: 145 minutos.

Outras culturas me atraem. O simples fato de sermos todos essencialmente oriundos de uma mesma concepção, mas sendo a vida a verdadeira formadora da personalidade de alguém, me faz querer conhecer mais. Culturas em que os traços são marcantes desde o nascimento até a morte são as que me chamam a atenção. Por isso, minha vontade de poder conferir Memórias de uma Gueixa mesmo depois de tanto tempo de lançado. Ainda sendo curioso a respeito, procurei não me inteirar sobre do que se tratava do filme, nem tampouco do que poderia ser uma gueixa, queria me deixar levar pelo embalo que o roteiro pudesse proporcionar.

Chiyo (Ziyi Zhang – O Tigre e o Dragão) é uma jovem menina que foi vendida pelos pais juntamente com a irmã cada uma para uma casa de gueixa. Talvez por ser detentora de uma beleza incomum, Chiyo é notadamente pela famosa gueixa Hatsumomo (Li Gong) que a maltrata, sendo ela criada como escrava. Acolhida pela outra importante gueixa Mameha (Michelle Yeoh – 007 – O Amanhã Nunca Morre), ela passa a aprender como se tornar uma gueixa, já que sua estonteante beleza não poderia ser desperdiçada, tornado-se, posteriormente, muito cobiçada e a principal rival de Hatsumomo.

Os diálogos deste longa são bastante poéticos, demonstram-se comparativos e nos dão idéia do que virá pela frente, da forma como as situações serão encaradas pelos seus personagens. A protagonista foi caracterizada, logo no início, como a água que fazia seu caminho até mesmo quando a pedra prejudicava a passagem. Como o foco central está nesta cultura milenar das gueixas, tudo é voltado para a vida delas e nós passamos a entendê-las aos poucos e é por isso que achei bom não ter conhecimento do que se tratava. Uma cena que muda a vida da personagem e que passa guiar o filme, é quando o presidente encontra a pequena Chiyo triste e lhe diz que “da próxima vez que cair não fiquei triste” e ela encarou isso como um aviso de que existe um lugar para ela no mundo, um propósito.

O roteiro preza pelo momento atual em que a protagonista passa em sua vida, sendo auxiliado pela arte, fotografia e trilha, naturalmente. Portanto, quando ainda era uma criada, nós temos a visão de um mundo mais triste e sem muitas esperanças, no entanto, a partir do momento que se prepara para tornar-se uma gueixa, a direção do roteiro preza pela sutileza e leveza de sua aprendizagem. Explicando a Chiyo, por inteiro, o que necessariamente é uma gueixa aos olhos da cultura, Mameha diz: “Nós, gueixas, não somos cortesãs. E não somos esposas. Vendemos nossos talentos, não nossos corpos. O termo gueixa significa artista. E ser uma gueixa é ser julgada como uma de arte em movimento”.

Dá-se a efetivação da gueixa com o momento de sua ‘criação definitiva’, vindo à nossa mente a idéia de preparação para uma guerra e ainda é dito pela sua mestra que a gueixa vive sob a agonia e a beleza, fato que a trilha nos ajuda a criar tal idéia, trilha essa magistralmente comandada pelo John Williams. A maquiagem é o ponto alto da película, já que mostra sua função mais do que destacada dentro da cultura japonesa, além do figurino que é de uma beleza inigualável. A fotografia sempre procura prezar pelos gestos que são fundamentais para o entendimento do interlocutor da conversa dentro dessa cultura. Dessa forma, pode ser que muitos nem concordem, mas acho que esse é um dos filmes sobre orientais que mais bem foi captado e transmitido, essencialmente falando.

18 Respostas

  1. eu adoro Rob Marshall (e acho que já disse que AMO muito Chicago), talvez a direção dele nesse filme seja discreta em meio a um figurino majestoso, trilha perfeita, e (até mesmo) atuações. A cena que tem uma dança com uns sapatos altos, e cai flores, ou sei lá o quê, é magnífica. Uma das melhores, mais poética e líricas dos últimos anos.
    Um filme feito para ser admirado, como uma obra de arte visual.

  2. òtimo filme, belíssmo visual e maravilhosa trilha sonora. 😉

  3. A única coisa que presta, neste filme, é a concepção visual e a parte técnica! O resto é totalmente descartável – o que é uma pena!

  4. Luis,

    Eu tenho uma visão, assim como você, grandiosa do filme. Acho que vale a pena cada coisa. Ele foi bem medido.

    Mayara,

    Eu tambpem concordo.

    Kamila,

    Pena que não tenha visto o filme da mesma forma que vi. É bom rever. hehehe

    Abraços!

  5. Gosto bastante desse filme, mais Rob Marshall não liberou toda sua competencia, e o roteiro se enrosca em boa parte do filme. E essa nota 9,5 é altissima né!? Abraço Robson!

  6. 9,5????????????????
    Você vai ter que me desculpar, mas vi 2 vezes, e só consegui me encantar com a trilha sonora, figurino e direção de arte.

  7. Não acho que esse filme seja demonstrativo da cultura japonesa, é um épico romântico hollywoodiano melodramático e só, mas, nessa condição, é um belo espetáculo visual e aural.
    Desta vez não consigo partilhar do entusiasmo.

  8. Robson, posso ser beeem sincero? Eu meio que odeio esse filme hahahaha. Claro que a parte cultural inserida nele é incrível. Mas o roteiro em si é clichê e muito chato. Tecnicamente ótimo, mas bem abaixo da média em história.

    Abs!

  9. Robson… indiquei um selo pra vc lá no meu blog! http://moviefordummies.wordpress.com/selos/

    Abs!

  10. Todos,

    Eu meio que suspeitei que todo mundo ia achar um absurdo eu ter gostado tanto desse filme. Foi todo o contexto que me fez enxergar diferente de todo mundo. Achei que ele se mostra muito sensível e é isso que me conquistou. Em momento algum consegui achar o roteiro chato, mas o clichê é inevitável mesmo!

    Abraço!

  11. Olá Robson! Gosto desse filme, mas acho que o mérito dele é mais do apelo visual dado pela produção do que desse diretor, um tanto mão pesada. E que venha Nine o próximo projeto do Rob Marshall. abs.

  12. Visualmente falando, o filme é ótimo; mas infelizmente, não posso concordar com você nessa, eu acho um melodrama bem fraco.

  13. Acho um filme visualmente belíssimo! Falando tecnicamente, realmente dá gosto de ver! Trilha, figurino, fotografia… Show!

    Agora, a história em si, achei um tanto chata. Talvez eu tenha que revê-lo, talvez eu não estivesse em um bom dia quando vi. haha

    Mas visualmente, incrível!

    Abs cara!!

  14. Admiro demais a produção técnica desse filme, mas acho que ele se perde em sua própria ambição. Queria ser algo marcante e derrapou no roteiro monótono e falho…

  15. Técnicamente, considero este filme uma obra-prima. Mas o melodrama exacerbado e a falta de consistência do roteiro o fragilizou muito. Ainda assim, é belo cinema.

    Nota 7.5 [***]

  16. Filme belíssimo, composto por uma linda fotografia, história bem contada e dirigida e com um elenco de musas asiáticas das mais importantes e talentosas, eu q sou fanático por cinema oriental, sou apaixonado e grande admirador das 3 beldades q estrelam esse filme: Ziyi Zhang, Li Gong e Michelle Yeoh, adoro elas de longa data..hehe..nota 8.5!
    Abs! Diego!

  17. Nossa, acho que foi a nota mais alta que vi para o filme. hehe É um filme muito bonito, tecnicamente primoroso, mas não curto muito o roteiro, não gosto do ritmo, acho longo demais.
    Mas tô acreditando no Rob Marshall em Nine. Tem tudo pra ser um grande filme.

    []s!

  18. Ainda não vi “Memórias de uma Gueixa”, mas estou ansiosa para vê-lo. *-*

    Beijooos!

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